Em todo o histórico de lutas das organizações estudantis uma das principais sempre foi
garantir o acesso do jovem à cultura. Uma conquista fundamental nesse sentido foi o direito
de todo jovem entre 18 e 25 anos pagar meia-entrada em atividades culturais, esportivas e
sociais. Mas em 26 de Dezembro de 2013 foi aprovada uma lei, na qual contém a restrição
da meia-entrada em 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento, ou seja, em
um cinema com capacidade para 100 pessoas por exemplo, apenas 40 irão ter o direito de
pagar metade do valor da entrada.
Além disso, a fiscalização fica por conta do dono do estabelecimento, podendo assim,
restringir a meia-entrada quando bem lhe entender dizendo que o limite já foi atingido.
A lei ainda exige que a Carteira de Identificação Estudantil seja da UNE, da UBES, da
ANPG ou de entidades estudantis a elas filiadas. As direções majoritárias venderam nosso
direito. O direito à meia-entrada, que foi reconquistado a cerca de 25 anos atrás, além de
estar sendo arrancado das mãos da juventude, também está sendo vendido pelas entidades
O governo restringe nossa meia entrada, dificulta ainda mais o acesso do jovem a cultura,
não fiscaliza para que seja cumprido o mínimo do nosso direito e as entidades nacionais
aceitam essa restrição em troca de fazer dinheiro com o monopólio das carteirinhas. Mas
nós não vamos ficar parados deixando isso acontecer. Durante esse tempo desde a
aprovação dessa lei aconteceram várias manifestações e ocupações nos cinemas de todo o
Brasil na tentativa de barrar a restrição. Nós vamos continuar ido para as ruas, ocupando
cinemas, até ter o nosso direito por inteiro!
Não a restrição da meia-entrada!
Rafaella Alparone
Presidente do Grêmio Estudantil Nilda Cunha
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