É necessário cortar gastos. Mas quê gastos? É claro que não são os gastos da educação, da saúde, da infraestrutura para o desenvolvimento e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Esse tipo de corte, aliado à crise econômica de 2008, jogou milhões de europeus para uma situação de desespero – combinando desemprego e desamparo social para as famílias, em especial na Grécia, na Espanha e em Portugal. Não é isso que os estudantes querem, é óbvio.
É necessário cortar gastos de forma que não se prejudique ainda mais a vida dura do trabalhador brasileiro. Então, é necessário cortar o uso do dinheiro público para o beneficiamento privado, através de meios legais e ilegais. Auditar o pagamento da dívida pública (que consome quase metade de todo dinheiro do Estado brasileiro!) e combater a corrupção em todos os níveis.
Mas o governo federal optou pelo primeiro tipo de corte. O que só prejudica os/as trabalhadores/as e filhos/as de trabalhadores/as. Optou porque o governo federal, assim como a maioria da “oposição”, é ferramenta dos interesses de grandes empresários e banqueiros. Não fosse a influência do dinheiro, talvez poderíamos contestar os 978 bilhões, BILHÕES, de reais gastos com a dívida pública em 2014, invés de espremermos a educação, cujo investimento recebido não chega a ser 10% dos gastos com a dívida.
Então, o de sempre: precisamos nos organizar, construir o movimento dos/das trabalhadores/as e dos/das estudantes, retomar os históricos sucesso e combatividade dos movimentos sociais e barrar essas e outras medidas que apertam a população e irrigam, com dinheiro público, os cofres privados.
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