Há 50 anos atrás o nosso país passava por um terrível momento de sua história, com a implantação da ditadura militar em 1° de abril de 1964. Durante esse período bárbaro, centenas e milhares de trabalhadores, camponeses,
mulheres e jovens, foram duramente assassinados, torturados e seus corpos desaparecidos. Seus crimes, foram apenas defender um país com mais saúde, emprego, moradia e educação. Além de acabarem com a vida e o sonho de vários jovens, os carrascos da ditadura militar, cassaram os mandatos, fecharam o congresso nacional e ilegalizaram todas as entidades estudantis e sindicatos. Era proibido se organizar, lutar era crime.
Passados todos esses anos, ainda lutamos pela garantia da memória, verdade e justiça. Pois os criminosos que assassinaram milhares de brasileiros, até hoje estão impunes, morando nos seus apartamentos, vivendo sua vida tranquila e passeando com seus cachorrinhos na beira da praia, como se nada tivesse acontecido.
A AERJ, felizmente ou infelizmente não passou por esse duro período, mas tem como lideres máximos todos os estudantes que deram aquilo que tinham de mais precioso, que era sua vida, sua juventude para lutar por país democrático. Seguimos o exemplo do nosso patrono, o estudante do CPII - Humaitá, Marcos Nonato da Fonseca, o mais jovem militante da ALN (Ação Libertadora Nacional), que dizia: "Nossa luta não terminou, porque é a luta de um povo contra seus opressores".

Entendemos que só assim poderemos resgatar toda história do nosso povo que os facínoras tentam apagar com a borracha.
Nesse sentido a AERJ junto com o Coletivo Memória, Verdade e Justiça do RJ, o Centro Cultural Manoel Lisboa, o Ocupa Dops, dentre outros movimentos de luta pela memória, estão construindo uma grande campanha de luta para que o antigo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), seja tombado com fins de se tornar um Museu da Resistência, como existe na cidade de São Paulo.

0 comentários: