Ontem, dia 24 de Agosto, aconteceu no Sinpro Rio, um debate sobre a comissão da verdade. Estavam presentes Rosa Cardoso -Membro da comissão nacional da verdade, Victória Grabois- Presidente do grupo tortura nunca mais e Geraldo Cândido- Ex presidente da CUT Rio. O debate girou em torno do período que a comissão terá para apurar os crimes e do seu funcionamento, pois servirá apenas para apurar os crimes e não julgar e condenar os assassinos e torturadores.
A criação da comissão nacional da verdade é um avanço para a luta daqueles que tanto sofreram nesse período nefasto que foi a ditadura. No entanto, seu número reduzido de membros, o tempo de dois anos para apurar 42 anos de desaparecimentos, torturas e assassinatos e a não participação popular, prejudicam a ampliação dessa comissão e dos debates acerca dos fatos.
É importante a união dos jovens, trabalhadores e anistiados em torno deste tema que não deve ser apagado da nossa memória. A ditadura só terá fim quando os seus responsáveis (ainda vivos) forem julgados e condenados. Precisamos de uma revisão na lei de anistia, para que ela não continue absolvendo assassinos, torturadores fascistas e inimigos do nosso povo que transformaram o Brasil num mar de sangue e mentiras. E de uma comissão da verdade que julgue e puna quem tanto mal fez ao nosso povo.
A AERJ junto com os grêmios estudantis vem denunciar a morte do jovem Marco Nonato da Fonseca, que lutou pela libertação do povo e pela derrubada da ditadura. O estudante do Colégio Pedro II Humaitá, foi barbaramente torturado e assassinado. Queremos a abertura dos arquivos da ditadura, para que nosso passado venha a tona. É importante ampliar essa luta com a criação de comissões locais. E denunciar que muitos dos torturadores ainda estão vivos e gozam de plena liberdade.
PELA ABERTURA, PELA ABERTURA!
DOS ARQUIVOS DA DITADURA!
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