Dezenas de estudantes, grêmios e
entidades estudantis marcaram presença na passeata que ocorreu dia 30. A
manifestação tinha como foco, denunciar a repressão que tem sido frequente nos
mais distintos colégios do Rio de Janeiro. Os estudantes diziam nas palavras de ordem que queriam professores
e não policiais. Ocupando as principais avenidas do centro, ganhando apoio da
população, exigíamos uma educação pública de qualidade, que nos garantisse
estrutura nos colégios, professores bem remunerados, passe-livre e irrestrito e
contra a repressão e a “upp” escolar. Nesse dia os alunos saíram de suas salas
para dar aula nas ruas, demonstrando que o movimento estudantil está forte e
combativo.
Em vários colégios, a presença da
policia militar, com o projeto piloto que visa reprimir e intimidar os
estudantes, o oposto do que fala o governo. Tem apresentado problemas como:
agressões físicas, verbais e o porte de armas. No I.E. Julia Kubitschek um p.m.
esqueceu uma arma no banheiro, e quem achou foi um estudante. No mesmo colégio,
uma policial deu um tapa no braço de uma aluna. Eles vêm tentando fazer o papel
de inspetores, professores e diretores, tirando a autonomia dos profissionais
de educação e funcionários. Em D. de
Caxias, um estudante levou um tapa no rosto de um policial, por chama-lo de “tio”.
Esse caos que vive a educação em
nosso país é devido a falta de investimento que se tem no setor, enquanto temos
para educação menos de 3% do PIB, 45% é utilizado para pagar juros e
amortizações de uma dividia que não é dos estudantes. Por isso devemos defender
10% do nosso PIB para educação pública. Ao invés de responder as nossas
demandas e garantir colégios melhores, o governo tem gasto cerca de 2 milhões
que sairão da educação com a
implementação de policias no colégio, o projeto é uma parceria com empresas
privadas, mais uma vez querem passar as nossas vidas, nossa educação para as
mãos de empresários que só se importam com lucros.
A Passeata garantiu que nós
fossemos atendidos, e diversos parlamentares nos ouviram e se manifestam em
prol de uma educação que fosse pública e de qualidade. A vitória dos estudantes
só se dará com a luta, fechando as ruas, fazendo as denuncias. Por isso devemos
estar cada vez mais mobilizados e nos organizar. O papel das entidades
estudantis foi histórico no nosso país, e com a união de diversos estudantes
derrubamos a ditadura, lutamos por um país democrático e tiramos um presidente
do poder. No entanto, a educação precisa da nossa luta para ser respeitada. Junte-se
a AERJ para construirmos um movimento estudantil ainda mais forte e que não abaixa
a cabeça para o governo.
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